Escrevo-te com as mãos frágeis, de coração magoado e com olhos inchados de tanto chorar. Já não tenho forças para expressar o quanto eu me sinto. Confesso que me faltam as palavras e a esperança começar a desmoronar. Tudo dói. Cada fibra do meu corpo, cada lágrima, cada ínfimo de mim mesma encontra-se num estado de profunda instabilidade. Tu próprio receias este estado de pura agonia. Lamento mas não sei reagir de outra maneira. Já não consigo ser a mesma, já não consigo abraçar-te e obrigar a ficar a meu lado. A verdade é que te cansaste das minhas inseguranças (não te censuro por isso) e, talvez, esteja a ser demasiado egoísta a não te deixar partir. Nesta sequência, sinto-me descartável. Sinto que não sou tão imprescindível como julgava ser; no fundo, preciso que precises de mim, como eu preciso de ti. Tento consolar-me e repito vezes sem conta: "isto é só uma fase"... Mas, será só um fase? Será que a distância, tal conseguiu afastar-me dos teu braços, conseguiu afastar-te verdadeiramente de mim?
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